segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Coisas que se vê quando estuda fora do país.

Enquanto os 11 japoneses ficavam conversando(não consegui me enturmar direito com eles) um colega paulistano cujo nome não lembro, um mecânico russo chamado Vlad e um rapaz palestino estavam ao lado do mapa-mundi conversando de forma descontraída.

Vlad, o russo apontando para o mapa: "...e TUUUDO aqui é meu país."

Rapaz palestino aponta: "O meu é esse país pequenininho."

Daí alguém que eu não sabia de onde era perguntou ao palestino: "E você tem um país?"

Confesso que fiquei com vergonha alheia na ocasião, mas eu ainda tinha que explicar aos japoneses quem era Oscar Niemeyer.

Nesse tipo de encontro, os coreanos costumam ser os mais calados e isolados. E o motivo é claro: gramática completamente diferente da inglesa torna um esforço maior para os coreanos se comunicarem com o resto da turma. Me lembro que fui conversar com uma menina e deu pra ver que ela tinha que pensar como fazer a concordância antes de cada palavra.

Falando em coreano, nunca perguntem se ele veio da "Coreia do Bem" ou da "Coreia do Mal". Cheguei a ficar com vergonha de ouvir isso.

No primeiro dia, sem conhecer ninguém, a tendência é procurar uma mesa vazia para almoçar. Mas daí os japoneses(todos de Osaka) me convidam para a mesa deles e começam a me fazer perguntas. Conversa vai, conversa vem e começamos a falar de filmes clássicos, e eu confesso que o único filme dos anos 1950 que eu conheço do Japão é "Godjíra". Nunca fui muito fã de anime.

Fiz amizade com um iraniano ao ajudá-lo com gramática inglesa. Mas hoje nem lembro mais do nome dele.


Como eu disse aos meus amigos japoneses em nosso último dia: "Muito provável que nunca mais nos vejamos pelo resto de nossas vidas."

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